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Adenomiose Uterina: Sintomas, Causas e 5 Formas de Identificar

Aprenda a Identificar o principais Sintomas da Adenomiose e Quando Buscar Ajuda Profissional

A adenomiose é uma condição ginecológica que afeta o útero e é caracterizada pela presença de tecido endometrial (o revestimento interno do útero) que invade o miométrio, a camada muscular do órgão.

Essa penetração anormal pode causar uma série de sintomas incômodos, impactando diretamente a qualidade de vida da mulher.

A adenomiose pode ser facilmente confundida com outras condições, como miomas uterinos ou endometriose, o que torna o diagnóstico um desafio. No entanto, é fundamental que as mulheres estejam atentas aos sinais desta condição para buscar o tratamento adequado.

Os impactos da adenomiose variam de leves a graves, e muitas mulheres podem conviver com ela sem perceber, enquanto outras enfrentam crises debilitantes.

O conhecimento sobre os sintomas, as causas e as formas de identificar a adenomiose é essencial para que um diagnóstico correto seja feito.

Neste texto, vamos explorar o que a adenomiose pode causar, suas crises, os fatores desencadeantes, principais sintomas e, especialmente, as cinco formas mais eficazes de identificá-la.

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O que a Adenomiose Pode Causar?

A adenomiose pode causar uma variedade de complicações, especialmente relacionadas ao ciclo menstrual e à saúde reprodutiva da mulher. Um dos problemas mais comuns associados à condição é o aumento significativo do fluxo menstrual, conhecido como menorragia.

As mulheres com adenomiose costumam relatar períodos menstruais excessivamente longos e dolorosos, o que pode resultar em anemia devido à perda excessiva de sangue.

A dor pélvica crônica também é uma queixa comum, sendo uma sensação persistente de desconforto que afeta a rotina diária.

Outro efeito notável da adenomiose é o aumento do útero. Essa condição faz com que o útero se expanda, levando a uma sensação de peso na região pélvica e, em alguns casos, distensão abdominal.

A expansão pode ser confundida com outras condições, como a presença de miomas, devido à semelhança dos sintomas.

A adenomiose também pode interferir nas funções reprodutivas, gerando dificuldade para engravidar e aumentando o risco de perdas espontâneas, embora esses efeitos sejam variáveis de pessoa para pessoa.

Como é a Crise de Adenomiose?

As crises de adenomiose são marcadas por episódios intensos de dor pélvica, que podem ocorrer especialmente durante a menstruação.

A dor, descrita como profunda e latejante, muitas vezes se irradia para as costas e para as pernas, tornando difícil para as mulheres realizarem suas atividades cotidianas.

Essa dor pode ser tão debilitante que requer o uso de analgésicos potentes para alívio temporário.

A intensidade da dor varia de acordo com o estágio da doença, sendo mais severa durante o fluxo menstrual devido ao aumento da pressão no útero. Ainda, a sensação de inchaço abdominal e pressão pélvica constante também se intensificam durante as crises, dificultando a locomoção e, em casos graves, forçando a mulher a procurar atendimento médico de urgência.

O Que Causa a Adenomiose?

A causa exata da adenomiose ainda não é completamente compreendida pela medicina. No entanto, vários fatores de risco têm sido associados ao desenvolvimento da condição.

Um dos principais fatores é o histórico de cirurgias uterinas anteriores, como cesáreas e curetagens. Essas intervenções podem permitir que o tecido endometrial invada a parede muscular do útero, levando à formação da adenomiose.

A idade também desempenha um papel importante, uma vez que a condição é mais comumente diagnosticada em mulheres entre 35 e 50 anos.

Alterações hormonais, especialmente relacionadas ao estrogênio, também são uma das causas sugeridas para o desenvolvimento da adenomiose.

O estrogênio é o hormônio que regula o crescimento do tecido endometrial, e níveis elevados podem estimular o crescimento excessivo desse tecido em áreas inadequadas, como o miométrio.

Ainda, condições inflamatórias crônicas no útero, como infecções recorrentes, podem predispor o útero a essa anomalia, afetando a integridade da sua estrutura muscular.

Quais são os Sintomas da Adenomiose?

Os sintomas da adenomiose variam amplamente de mulher para mulher, mas alguns sinais são recorrentes. Entre os sintomas mais comuns é possível mencionar: 

  • Dor pélvica crônica, que tende a piorar durante a menstruação;
  • Fluxo menstrual abundante, onde as mulheres relatam menstruações mais longas e pesadas do que o normal;
  • Cólicas menstruais severas (dismenorreia);
  • Relações sexuais dolorosas (dispareunia);
  • Aumento do volume uterino;
  • Dificuldade para engravidar ou até mesmo apresentar infertilidade

No entanto, é importante lembrar que nem todas as mulheres com adenomiose experimentam esses sintomas, o que pode dificultar o diagnóstico precoce.

Como identificar a Adenomiose?

Identificar a adenomiose pode ser um desafio, pois seus sintomas se sobrepõem a outras condições ginecológicas. No entanto, existem cinco formas principais para diagnosticar a condição:

1) Exame Clínico

O primeiro passo para identificar a adenomiose é um exame físico realizado durante uma consulta realizada com um ginecologista especializado. Durante o exame, o médico pode sentir o útero aumentado e sensível, o que é um indicativo da condição. Embora o exame clínico seja essencial, ele raramente é conclusivo e precisa ser complementado com exames de imagem.

2) Ultrassonografia Transvaginal

Esse exame é uma das principais ferramentas para o diagnóstico de adenomiose. Através da ultrassonografia transvaginal, o médico pode observar a espessura anormal do miométrio e a presença de lesões típicas da adenomiose. A ultrassonografia também é usada para descartar outras condições, como miomas uterinos.

3) Ressonância Magnética (RM)

Quando a ultrassonografia não é suficiente para confirmar o diagnóstico, a ressonância magnética é recomendada. Esse exame fornece imagens mais detalhadas do útero e permite identificar claramente a presença de tecido endometrial dentro do miométrio. A RM é especialmente útil em casos mais avançados da doença.

4) Histórico Clínico

O histórico médico da paciente é um fator crucial no diagnóstico de adenomiose. Mulheres que tiveram várias cesáreas, curetagens ou outros procedimentos uterinos são mais propensas a desenvolver a condição. O médico também levará em consideração o padrão dos sintomas descritos pela paciente, como menstruações dolorosas e prolongadas.

5) Biópsia Endometrial

Embora não seja um exame rotineiro para a adenomiose, em alguns casos, uma biópsia do endométrio pode ser realizada para avaliar a presença de alterações celulares que indiquem a condição. A biópsia pode ser feita durante uma histeroscopia, que também permite ao médico observar o interior do útero.

Quando Devo Me Preocupar Com a Adenomiose?

A adenomiose deve ser motivo de preocupação quando os sintomas interferem significativamente na qualidade de vida da mulher. Se a dor pélvica se torna constante e intensa, a ponto de prejudicar as atividades diárias, é essencial procurar orientação médica.

Ainda, menstruações muito volumosas, que resultam em anemia e fadiga severa, também devem ser investigadas com urgência, pois podem indicar um caso avançado da condição.

Outra razão para preocupação é quando a mulher apresenta dificuldades para engravidar ou sofre perdas espontâneas recorrentes.

Embora a adenomiose não seja a principal causa de infertilidade, ela pode impactar negativamente as chances de engravidar, especialmente em mulheres que estão tentando engravidar após os 35 anos.

Portanto, qualquer sinal de alteração no ciclo menstrual ou dor pélvica intensa deve ser motivo para consulta com um especialista.

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Conclusão

A adenomiose é uma condição complexa, que pode causar desde desconfortos leves até crises de dor severa e complicações reprodutivas. Entender o que a doença pode causar, como surgem suas crises, suas possíveis causas e principais sintomas é fundamental para que as mulheres possam identificar a condição de forma precoce e buscar o tratamento adequado.

Com o avanço das técnicas de diagnóstico, como a ultrassonografia transvaginal e a ressonância magnética, é possível detectar a adenomiose com mais precisão e evitar o agravamento dos sintomas.

A conscientização sobre a adenomiose é crucial para que as mulheres possam tomar decisões informadas sobre sua saúde. Se você suspeita que pode ter essa condição, não hesite em procurar um ginecologista. A chave para uma melhor qualidade de vida está no diagnóstico precoce e no manejo adequado da doença.

Entre em contato e agende uma consulta com o Dr. Pedro Peregrino, médico especialista atuante na Clínica Venvitre.

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